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A esperada e tardia má fase do Flu

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Após cinco derrotas consecutivas, Abel balança forte no cargo de técnico do Fluminense. Deve cair até o fim do dia. Pro seu lugar cogitam a chegada de Luxemburgo ou Ney Franco. Eu aposto no segundo.

A verdade é que esse momento ruim do Fluminense não me espanta em nada. Era questão de tempo pra que o time montado e treinado pelo fraquíssimo Abel começasse a ratear. Acho até que demorou muito, visto que faz pelo menos um ano que os caras jogam na conta do chá, se valendo de sofridas e sofríveis vitórias por 1 a 0 pra conseguir seus objetivos.

Cansei de falar nas minhas resenhas e nos meus comentários do quão horroroso era ver o Tricolor jogar. Um time que se portava como pequeno diante de qualquer adversário, por menor que ele fosse, que entrava em campo muito mais preocupado em não perder do que em vencer não podia mesmo continuar a ter sua mediocridade premiada como foi no ano passado, quando se tornou campeão com inteira justiça, uma vez que somou mais pontos, porém cansou de tomar sufoco e só não viu o título lhe escapar graças ao excelente desempenho do Fred e do Cavalieri, que, diga-se de passagem, também já voltou a ser aquele goleiro mediano que esquentava banco – muitas vezes nem isso – no Liverpool e até mesmo no Cesena, uma espécie de Boavista da Itália. Sem falar naquela zaga medonha, formada por jogadores que não seriam titulares nem no meu time de pelada aqui em Paracambi, o Barreira.

Você aí deve estar pensando: “Esse cara tá exagerando pra cacete. O Abel é campeão da Libertadores, do Mundial e Brasileiro. Não deve ser tão ruim assim, né?”. Mas ele é. E muito! Como qualquer outro profissional que atinge os maiores objetivos da carreira, é indiscutível que tenha tido méritos em cada uma de suas conquistas. Mas vamos nos lembrar de quem era Abel antes de vencer a Liberta e o Mundial com o Inter. Não era – e pra mim continua não sendo – mais do que um Joel Santana com vidros elétricos e ar-condicionado, que sabe tocar piano e fala francês. É dessa leva de técnicos brasileiros que são muito bons de vestiário, atuam maravilhosamente bem como animadores de preleção, porém são bastante limitados na hora em que se exige deles conhecimentos técnicos e táticos. Abel, assim como quase todos os outros supervalorizados treinadores brasileiros, não se sustenta no momento em que o discurso e o lance de ser “paizão” de jogador param de funcionar. É aí, quando precisam mostrar serviço em vez de conversa, que o bicho pega pra valer. A maior prova disso está no seu prazo de validade, que, mesmo com os títulos, dificilmente supera uma temporada inteira. É esse o período que leva até sua fórmula batida se desgastar e sua (in)capacidade ficar evidente.

Acredito que a mudança de técnico fará bem ao time. Apesar da zaga fraca e do mau momento de alguns jogadores, não é pra ficar em zona de rebaixamento. E não creio que ficará ali por muito tempo. Agora, é certo que a realidade tricolor irá mudar drasticamente a partir do ano que vem. Aliás, já está mudando. É só prestar um pouquinho de atenção às ultimas contratações feitas pelo clube (Rhayner, Welingtons Silva e um carinha aí que tá vindo dos Emirados) pra se dar conta de que a torneira do patrocinador foi fechada. E sobre isso eu também venho falando há tempos. E não é porque a empresa está quebrando. Bem ao contrário. A Unimed está colocando em prática um puta plano de expansão, que a obriga a reduzir gastos em diversas áreas, de maneira que não faltem recursos para aquilo que, hoje, ela entende ser mais importante. E o patrocínio ao Flu foi atingido em cheio com essa, uma vez que tomaram a caneta e o talão de cheques das mãos do Celso Barros, o qual, sempre bom lembrar, não é dono do negócio, apenas o presidente dele no Rio de Janeiro, uma espécie de gestor dos interesses dos associados/acionistas. Pra quem tem a mínima intimidade com o que acontece no mundo “business”, nada disso é absurdo ou mesmo novo. Entende e acredita quem quer. Fato é que o “novorriquismo” tricolor está com os dias pra lá de contados e a realidade que se avizinha é qualquer coisa, menos animadora. Quem viver, verá.

*****

Fla arrancou um empate no último segundo do jogo. Merecido. Podia até ter vencido, já que foi muito melhor que o Bota no segundo tempo. Em compensação, jogou nada no primeiro e não seria nenhum pecado se tivesse tomado mais um ou dois gols, o que resolveria a partida a favor dos alvinegros. Então, já que cada um mandou num tempo, achei justo o 1 a 1.

Agora, imaginem se aqueles dois gols anulados tivessem sido do Botafogo? Quanta choradeira não estaríamos ouvindo, hein? A meu ver, ambos foram bem anulados. E se houve engano da parte do bandeira em algum dos lances, ele se deu por uma margem tão desprezível, que é até sacanagem a gente classificar como erro.

Enfim, se na tabela a distância entre os times era grande, não foi o que se viu em campo. Mano vem fazendo um bom trabalho na Gávea e já é possível notar a melhora do time, embora ela ainda não seja acentuada. Elias, disparada a melhor contratação do ano, é quem mais tem se destacado no esquema do gaúcho. Já era assim quando os dois estavam no Corinthians e volta a acontecer no Flamengo. Mas ainda falta muita coisa, especialmente no meio-de-campo, onde o time continua a se ressentir demais de criatividade. Falta ao Flamengo a inteligência de um Seedorf, Alex, Juninho ou D’Alessandro. Entra ano, sai ano, o problema persiste. E acho que já está claro pra todo mundo que Gabriel e, principalmente, Carlos Eduardo, que tá com a tiriça, não serão as soluções.

*****

O que se passa na cabeça dos dirigentes do São Paulo, que vão levar o time pra Europa e Japão no meio do campeonato, onde está na zona de rebaixamento com dois jogos a mais que os outros? Isso não pode ser sério. Sou 100% a favor de times brasileiros excursionarem pelo exterior. Mas não desse jeito. Se a razão alegada é de que o compromisso já havia sido firmado, que mandassem, então, o sub-23 ou coisa que o valesse. Ou, melhor ainda, que aproveitassem o absurdo disso pra brigar pela mudança no calendário nacional e sua adaptação àquilo que é feito em qualquer outro lugar do mundo onde o futebol é encarado de forma séria e responsável. As conseqüências desse ato imbecil podem ser muito, mas muito graves. Nem a desculpa de que o jogo no Japão é ~oficial~ vale. Pode até ser oficial, mas a real é que não vale nada. Muito menos o risco iminente de rebaixamento. Não há dinheiro ou prestígio internacional que compensem uma queda de divisão, que é contra o que luta o SPFC, hoje. Mas, quer saber, tomara que se foda muito. Burrice merece castigo.

Abraços,
Tatu


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